"Guarde somente as coisas que você gosta, materiais, emocionais e espirituais."



Que paixão é essa?

A vida toda eu fiquei encucada do por que chamarmos o martírio de Jesus de "Paixão de Cristo". Afinal ao falarmos de paixão sempre vem à mente um sentimento intenso, amoroso, que pode até ser arrebatador ou violento, mas sempre de conotação positiva. Quem nunca se apaixonou? Ou melhor, quem nunca gostou de estar apaixonado? É uma sensação de emoção ampliada, onde quase perdemos a própria identidade em função do outro. Quando somos correspondidos, então, é a felicidade completa.
Meditando sobre a Paixão de Cristo imaginei que teriam colocado o nome de paixão pelo grande amor que Cristo teve pela humanidade a ponto de morrer por nós, depois lendo sobre a paixão amorosa descobri que era o contrário, a paixão amorosa foi que nasceu marcada pela ideia de sofrimento: a satisfação só viria mais tarde.
Do latim, ela surgiu com o sentido de padecimento atroz, em especial o de Jesus Cristo e o dos primeiros mártires da Igreja Católica. É parente de palavras como passivo e paciente, que vê o apaixonado como aquele que suporta a dor. Foi com esse sentido religioso que paixão desembarcou em português no século 13, quando era grafada como “paixon” ou “paxon”.
Nos primeiros séculos da era cristã autores influentes passaram a usar passio como tradução do grego páthos, para designar doenças do corpo e perturbações morais em geral. Mas o significado de desejo intenso, de sentimento de atração que está acima da razão, só chegaria ao português e ao inglês no século 14, por provável influência do francês. Passion d’amour = sofrimento amoroso.
Gradualmente foi-se dissociando a palavra da ideia de dor, traduzindo paixão por sentimento entrega emocional. O sentido de doença, porém, nunca abandonou por completo a paixão. O que faz sentido, afinal na paixão perdemos totalmente o controle de nós mesmos num sentimento doloroso onde fazemos coisas absurdas para se ter pelo menos um olhar ou toque do ser "amado"
Mas, com certeza, paixão é: emoção, fogo, instinto, alucinação, loucura… AMOR, jamais!!!

Ninguém é substituível

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"!
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio…

O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico?

O rapaz fez uma pausa e continuou:
- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos forte s e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:
- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Continuou.
- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de técnico de futebol que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas, ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola, ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo. Voltou a falar.
- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças…

E nunca me esqueço de quando o Zacarias, dos Trapalhões, 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... E hoje, para substituí-lo, chamamos…ninguém…Pois nosso Zaca é insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.

É possível encontrar novos funcionários para as vagas dos que saíram, novos amigos para amenizar a falta dos que estão distantes, novos amores para os corações partidos... Eles, entretanto, nunca terão a mesma essência dos que ficaram para trás

NO MUNDO SEMPRE EXISTIRÃO PESSOAS QUE VÃO TE AMAR PELO QUE VOCÊ É…
E OUTRAS… QUE VÃO TE ODIAR PELO MESMO MOTIVO…
ACOSTUME-SE A ISSO…
COM MUITA PAZ DE ESPÍRITO…” 

(Recebi por email)

Sai da toca, você não é coelho

Estou com problemas com meu gato José Francisco. 
José Francisco
Depois de levar algumas surras do “irmão” mais velho, Mouse, que é um gato, ciumento, possessivo, autoritário,  enfim, cheio de personalidade como qualquer espécie machista, o José resolveu se refugiar no quarto do meu filho. Lá ele passa o dia e a noite, come, dorme e só sai pra fazer xixi no ralinho do banheiro.
Gatos não foram criados para ficar dentro de casa o tempo todo e então dia desses saí com a frase: “-José vai lá pra fora tomar um solzinho, você está muito amarelinho”.
Meu filho ouvindo isso, de longe gritou: - Sei não, mãe, mas acho que ele já nasceu amarelo.
Eu mereço!

Mouse, o dono do pedaço!

Em tempo: Pra não dizer que só mencionei a personalidade negativa do Mouse quero me redimir: ele também tem o seu lado bom, é carinhoso e sensível, fica perto de mim quando pressente que não estou bem ou quando algo parece querer me ameaçar. É muito companheiro e inteligente a ponto de entender o que eu falo. É quase um ser humano. Talvez isso explique o ciúme que tem de mim.

Só se aprende o que interessa

Ontem à noite meu filho se deitou ao meu lado justamente na hora que eu estava em oração, então o convidei pra rezarmos e sem esperar resposta fui fazendo algumas orações de cor, o Magnificat, alguns salmos, sem perceber sua cara de espanto.
Então ele virou pra mim e disse: - É né, fotografia você não aprende. (Ele sempre me achou meio burrinha por eu não decorar coisas como iso, abertura de lente e outras coisas sobre câmera fotográfica).
Hoje cedo conversando sobre uns problemas de saúde da minha mãe eu expliquei pra ele sobre as substâncias que existem em alguns remédios e suas maneiras de agir no organismo. Novamente veio a frase: “fotografia você não aprende”.
Então disse pra ele que a gente aprende o que interessa no momento, que na época em que participava do grupo de intercessão aprendi as orações que rezávamos lá e já há algum tempo eu precisei aprender sobre medicamentos, o mínimo necessário para cuidar da saúde dos meus pais.
Ele sorriu, com uma pitada de admiração, já não me achando tão burra assim.

Não se odeia quando pouco se preza


"Não se odeia quando pouco se preza, odeia-se só o que está à nossa altura ou é superior a nós".
                            Friedrich Nietzsche




Sabe quando alguém chega pra você e do nada  fala que fulana de tal não te suporta? Pois é aconteceu comigo e fiquei chateada como se eu  já não estivesse acostumada com isso, pois afinal muitas mulheres não gostam de mim, mas o que pegou foi que eu gosto da pessoa em questão. Que pena!
Na verdade eu sei que sentir raiva é uma tentativa de disfarçar o medo que se tem de que o outro possa brilhar mais ou ameaçar nossa felicidade.
Por exemplo: um animal acuado ataca... É mais ou menos o mesmo sentimento.
Outra coisa que dá uma raiva danada é a inveja. Ô trem destrutivo essa tal de inveja, a prima do ciúme que desde o tempo de Caim e Abel fazem estragos por aqui.
Mas eu sei bem porque pareço uma ameaça diante dos olhos de algumas pessoas, eu chego chegando, corro atrás do que quero e procuro tirar o melhor proveito dos dons que recebi. Enfim eu faço acontecer. Isso incomoda. 
Mas é perda de tempo essa ilusão de achar que eu vou querer “roubar” seus preciosos tesouros. Já tenho os meus e muitas vezes tenho que me esforçar muito pra dar conta de cuidar de tudo direitinho.
Em contrapartida existem muitas pessoas que gostam muito de mim, me amam porque me conhecem como realmente sou. E essas sim são realmente importantes pra mim.

Feridas

O que acontece quando se está machucado e alguém ou algo toca o machucado? Geralmente sentimos dor e afastamos de nós, o mais rápido possível, o que ou quem tocou a nossa ferida, por vezes estabanadamente, quebrando algo ou até machucando alguém.
Esta mesma reação de defesa acontece, quando alguém ou situação, ativa uma dor emocional ao tocar uma ferida de rejeição ou inferioridade. Se alguém faz alguma coisa, mesmo sem querer, que nos faça sentir ameaçados, imediatamente acionamos todo o nosso arsenal de defesa e ataque.
Você já reparou que quando pegamos muito sol e estamos ardidos, queimados, aí mesmo é que parece que todo mundo resolve nos abraçar e dar tapinhas nas nossas costas? A impressão é que estamos atraindo estes eventos mais do que nunca. Será que estão nos abraçando mais ou será que por estarmos  feridos e mais sensíveis, qualquer toquezinho machuca? Será que perceberíamos a quantidade de abraços se não estivéssemos queimados pelo sol? Provavelmente os abraços são os mesmos. O que mudou foi a nossa condição. Estamos feridos e, portanto, mais sensíveis, mais vulneráveis aos toques. Os mesmos abraços em condições normais seriam até prazerosos e desejáveis. Percebemos, então, que a nossa condição de saúde faz total diferença na maneira como percebemos as relações do mundo exterior com a gente.
É necessário estar atento para distinguir se realmente o outro está nos ferindo ou nós já estávamos feridos quando ele nos tocou.
É extremamente comum atribuirmos culpa aos outros pelas nossas dores. Toda culpa requer castigo ou perdão para aplacá-la. Se perdoamos, nos consideramos magnânimos; se castigamos, nos sentimos “poderosos” e extravasamos, muitas vezes, nosso ódio através da crueldade, nos tornando mais insensíveis à dor dos outros e à nossa própria dor. A crueldade é um tipo de analgésico. E, sem sentir, culpando, condenando e executando a pena sobre os outros, repetidas vezes, ao longo da vida, ficamos cada dia mais anestesiados para as nossas dores e menos sensíveis, deixamos de sentir que elas existem, até que, de novo, alguém venha e as toque.
Observando por este ponto de vista, percebemos que o toque do outro ao despertar a nossa dor é um auxílio, uma ajuda que recebemos do mundo quando não estamos cientes de nossas feridas e, portanto, incapazes de ajudar a nós mesmos nesta questão. A dor que sentimos é um alerta, uma chamada, uma chance para o despertar. Infelizmente, quase sempre, além de desperdiçarmos a nova chance, ainda maltratamos aquele que seria o emissário do alerta, aquele que, mesmo sem saber nos ajudaria a olhar para as partes em nós que precisam de cuidado, de atenção, de cura. E, ao invés de agradecê-lo, lembrando o que disse Jesus: “Amai os vossos inimigos.”, nós o enxotamos, o maltratamos, o culpamos, condenamos e punimos. E, então, voltamos à nossa caverninha, ao nosso isolamento, acreditando que separados e sozinhos estaremos seguros, não sentiremos dor.
A maneira mais saudável de se “evitar” a dor é a cura dos ferimentos. Da mesma forma que fazemos com um dedo machucado ou com a pele queimada de sol, devemos  tratar dos nossos ferimentos emocionais para que eles não se agravem na convivência não saudável com os demais. Para isto é preciso conhecer as nossas dores, saber como foram originadas, que atitudes destrutivas tomamos que não as deixam cicatrizar e mais ainda, assumir a responsabilidade por elas e pelas mudanças que, finalmente, trarão a cura. A nossa saúde é, acima de tudo, nossa responsabilidade  e depende de coragem e disposição para limpar e tratar os traumas, os mal entendidos, as mágoas.
Curando nossas feridas emocionais, a proximidade não soará como ameaça. O isolamento não será mais uma “segurança”. O medo do contato com o outro diminuirá e poderemos desfrutar dos toques e abraços dos outros sem medo e com prazer.
Lisélia de Abreu Marques

Dom e Vocação

"Cada um deve viver sua própria vocação, pois quem quer viver a vocação do outro não sabe se irá imitar o mal e quem imita o mal sempre vai além do exemplo estabelecido, enquanto que aquele que imita o que é bom nunca consegue ser tão bom.
Deus preparou um lugar especial para cada um e somente ocupando esse lugar poderemos nos sentir realizados e felizes.
Deus nos quer felizes e por isso nos chama a viver a nossa própria vocação e nos dá dons para que tenhamos capacidade de realizar os trabalhos aos quais fomos designados.
Todas as pessoas recebem algum dom e, à partir do momento que se esforçam para melhorar, lhes é acrescentado outros dons.
Por isso não precisamos desejar os dons do outro e sim fazermos de tudo para nos especializarmos nos dons particulares que nos foi dado por Deus. Dessa maneira, e somente dessa maneira, seremos felizes."
Paz e bem.
Eliane.

Gostou? Ainda não acabou...

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