"Guarde somente as coisas que você gosta, materiais, emocionais e espirituais."



O Bento

O Bento é uma figura. 
Eu o conheci nos anos 80, morando nas escadarias do salão paroquial, bebendo um corotinho de cachaça por dia, isso quando não achava "bons cristãos" que pagavam uma ou outra cervejinha, mas o que ele gostava mesmo era da “marvada” cachaça.
Era um bom homem quando estava sóbrio, participava da missa e teve épocas em que tocava violão na celebração litúrgica. Natural de Taunay, contava que morou em São Paulo e perdeu dois ótimos casamentos por que embora fosse um homem trabalhador, nos finais de semana a esposa dele era a cachaça. Ficou solteiro.
Hoje eu o encontrei, alguns parentes o recolheram das calçadas porque ele ficou cego e não pode mais sobreviver nas ruas. Estava limpinho e bem cuidado, sentado na frente da casa de sua irmã e como sempre abraçado ao velho violão, tão conservado quanto às canções regionais antigas que ele canta até hoje.
Parei pra conversar e ele me contou muito feliz que deixou de beber e de fumar já faz três anos.
Perguntei por que não o vi mais na igreja e ele me disse que foi levado algumas vezes para participar do almoço dos idosos, mas como é cego, acabava ficando por último e não tinha quem o guiasse até a mesa. Estranhei porque eu me lembro que vi o padre cuidando dele, fazendo massagem em seus pés que estavam com cãimbras...
Não sei o que aconteceu depois disso, pois ele ainda me disse que não quer mais voltar à igreja e que agora está participando de um lugar chamado templo de não-sei-o-que das testemunhas de Jeová e lá ele é muito bem tratado, com carinho, atenção e sem discriminação.
Pena por nós que não sabemos cativar. Parabéns para os que o acolheram.
Deus te abençoe, Bento!

Caso Isabela Nardoni

Eu não aguento mais ligar a TV e ver o julgamento dos Nardoni.
Parece até coisa de novela antiga: "Quem matou Salomão Hayala?" (O Astro, 1978) ou "Quem matou Odete Roitman?" (Vale Tudo ,1988), novelas essas que se prolongavam por meses a fio com todos na expectativa de descobrir o criminoso. E os comentários pelas cercas da vizinhança...  porque antigamente era assim, as pessoas fofocavam encostadas nas cercas de balaustre que separavam os quintais e não na saída da igreja, bom, essa parte não mudou muito, mas continuando... a gente até apostava em um ou outro personagem e quando chegava o horário nobre, deixava qualquer atividade para sentar na frente da televisão e descobrir (apenas no último capítulo) que o assassino era um personagem totalmente diferente daquele que imaginávamos.
Mas agora é vida real, não dá pra ver o personagem morto ressuscitar na próxima cena.
E nesse caso em particular envolve três famílias. Como ficarão os meninos filhos do casal? Além de perder a convivência com a irmãzinha e com os pais presos, carregarão para sempre o estigma de serem filhos dos Nardoni.
O próprio casal, mesmo que forem inocentados nunca mais terão uma vida normal. De tanto que eles insistem em negar acho que nem eles mesmo se dão conta do que aconteceu. E a mãe da menina? Que trauma irreparável.
Mas o que é mais chato são os comentários que a gente tem que escutar, alguém até já cogitou da menininha ter cortado a tela de proteção e pulado da janela, que absurdo!
Culpados ou inocentes? 
De qualquer maneira já estão marcados pra vida toda.
Seria melhor que aquela noite de 29 de março de 2008 nunca tivesse existido.


PS: Sábado,27/03/2010. O casal foi condenado, deram a notícia de madrugada e agora quase não está se falando mais no caso. Mas como disse a mãe de Isabela, justiça foi feita mas nada vai trazer a filha dela de volta.

Perdi meu orkut

Meu Orkut foi pra roça...

E não se trata de Colheita Feliz ou Mini Fazenda. Meu orkut parou de funcionar, travou, literalmente. E o pior é que fui eu quem fez a caca. Quando isso acontece com os outros é bem mais fácil porque a gente pode reclamar, acusar, e não fica com essa cara básica de gato que derrubou o pote.

EU CLIQUEI NUM LINK SUSPEITO! Logo eu que jurava que não caia nessa pegadinha.

Confesso que fui burra pra cacete muito ingênua, pois o link estava lá, brilhando, se mostrando, só faltava estar escrito: “Sou um vírus, clica em mim para detonar seu Orkut”.

E o que eu fiz? Além de clicar, colei o link no meu navegador. Resultado, meu Orkut pifou, meu perfil sumiu e apareceu no lugar, o dito cujo, o link que me causou tanta curiosidade, agora para que eu o enviasse para os meus amigos.

Que fiz? Como fiquei sem acesso à qualquer função do “tão amado site de relacionamentos”, deletei a conta do Google.

Problema resolvido, hora de abrir outra conta.

Agora, com um orkut novinho aproveitei pra adicionar somente amigos selecionados.

Não há mal que não venha para o bem. Frase antiguinha mas cheia de sabedoria.

Medo de errar

Já faz algum tempo que eu “virei internauta”, no começo foi MSN, Chats, Orkut, etc. Também tenho alguns blogs pessoais com matérias garimpadas por aí, mas confesso que relutei em criar um blog para publicar textos escritos por mim. Eu queria evitar cometer erros de português e de redação.

Acho imperdoável, por exemplo um universitário escrever coisas absurdas. Às vezes se torna até engraçado ao prestarmos atenção na maneira inusitada com que alguns repórteres tentam chamar a atenção ao relatarem alguns acontecimentos.

Esta semana estava eu sentada, distraidamente, apenas olhando para a TV quando me interessei por uma reportagem. Havia desabado o teto de um coreto na Bahia. (Veja aqui).

O repórter relatou o fato dizendo que as pessoas se abrigavam da chuva quando a laje veio abaixo machucando-as gravemente. Até aí nada muito anormal mas a reportagem terminou com a frase do repórter: “- Uma pessoa morreu no local. O coreto foi condenado.”

Em vez de sentir o drama eu comecei a rir imaginando se teriam algemado o coreto como fizeram com um pé de maconha dias atrás. (Veja aqui).

Mas lógico que ele foi condenado à demolição e não à prisão, rsrsrs.

Então, como eu acredito que até de coisas ruins devemos tirar uma boa lição, estas "preciosidades" me motivaram e, aqui estou eu, agora sem medo de escrever.

Afinal, quem acerta sempre?

Uma sociedade mais justa é possível?

Esse é um debate que está e estará presente em muitas reuniões, assembléias, grupos, enfim, nos meios onde se falam dos problemas sociais. E parece que nunca chegaremos a uma conclusão comum, porque para uma sociedade mais justa e fraterna teríamos que arrancar do nosso meio todas as maldades, começando pelos crimes contra a honra: a calúnia, a difamação e a injúria (confira o blog do Padre Paulo Nunes sobre esse assunto). Sim, porque o ciclo da maldade começa assim: uma fofoquinha aqui e ali, um disse-que-disse sem controle, e quando se vê a "bola de neve" alcançou tamanho descomunal e não dá mais para voltar atrás e apagar o mal que fizemos na vida das pessoas.

Pra consertar esse mundo tão estragado, só consertando o homem, que desde Caim vem deixando esses sentimentos mesquinhos tomarem conta do coração. Estou falando da inveja e do ciúme que faz com que tentemos denegrir a imagem do outro, inventando coisas que só uma grande imaginação novelística é capaz de criar.

Diante disso, o que fazer?
O meu amigo (http://padrepaulonunes.blogspot.com/2010/02/venca-o-mal-com-o-bem-rm-1221.html) menciona nesse artigo em seu blog, as palavras de Jesus: "Devemos combater o mal com o bem". E Jesus é a prova viva de que quem faz o bem, acaba sofrendo na pele por causa da maldade dos injustos.

Minha mãe diz que tudo o que o Pe. Paulo toca é abençoado.
Deus sempre coloca "anjos humanos" pra aplainarem seus caminhos, ajudarem na caminhada e no fim, contrariando a expectativa de certas pessoas que tentam impedí-lo de pregar o evangelho, ele se ergue triunfante, e segue sua missão, de mãos dadas com Jesus e coberto pelo manto de Maria.
O que esse homem tem de diferente?
Ele sorri entre dificuldades, seguindo em frente sempre, sem olhar para trás, trabalhando para que o Reino de Deus aconteça, não esmorece porque tem Jesus como sustentáculo da sua vida.
Ele usa de uma certa exigência amorosa ao ensinar, querendo ver o crescimento espiritual dos que o escutam. Trabalha incansávelmente para que a graça aconteça na vida de todos. Sua humildade o faz irmão dos seus irmãos e, mesmo grande, se faz pequeno pra que os menores consigam acompanhar seu raciocínio. Tem sempre um sorriso e uma palavra de encorajamento para quem se aproxima. Tem bondade no coração e amor por todos sem fazer distinção.

Talvez essa seja a receita para mudar esse mundo, pois a justiça precisa começar pelas coisas simples e pequenas, o sorriso alegre que contagia, a bondade que desconserta os maus, o perdão àqueles que nos caluniam.

Obrigada, meu amigo padre, por nos ensinar a ganhar as batalhas de cada dia, não com violência mas fazendo o bem, rumo à vitória maior que é a sociedade justa que tanto os homens almejam e que também é o sonho de Deus...

Eliane Maria.

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