"Guarde somente as coisas que você gosta, materiais, emocionais e espirituais."



RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE

Religião é diferente de espiritualidade.
Espiritualidade é a experiência humana do sagrado, transcendente, divino.
Religião é como o homem vive essa experiência, através de rituais e condutas, juntamente com grupos de pessoas que acreditam na mesma coisa.
Lógico que precisamos de um lugar para ouvir a palavra de Deus, pois é através do ouvir que fortalecemos a nossa fé.
Onde deve ser esse lugar é nosso ser espiritual que decide, ou seja, onde eu me sinto bem.

Precisamos sentir mais e deixar de lado “aquela velha opinião formada sobre tudo” para sermos felizes.

Bons tempos.

Sempre acordo com ideias originais e grandes intenções de mudar o mundo, mas hoje quando abri os olhos me vi... (não, não tenho espelho no quarto, o feng shui jura que espelhos prejudicam o sono, to falando em sentido figurado), me vi... (leia-se, me senti) um pouco saudosista, então vou partilhar com vocês...

Quando eu tinha uns 16 anos o que mais me agradava nos feriados prolongados era viajar, mas naquela época minha sombra havia me abandonado e minha mãe tomado o seu lugar, então o máximo que eu conseguia de distância do lar-doce-lar era passear na fazenda dos Mônaco, no pantanal. Mais longe na concepção da minha mãe “não convinha”. E para ela até hoje “não convém” quer dizer “nem pensar“.

E lá ia, a Miqui e eu, acompanhadas de mais alguns amigos e um sorriso de felicidade que não saia da cara. Lógico, imagina dois ou três dias de total liberdade longe da mamy e do papy.  Yupiiiii!


Foto meramente ilustrativa. Nós viajávamos "dentro" do trem.
A viagem na realidade era mais um tormento do que um prazer, coisa que não percebíamos na época devido à euforia da juventude, e consistia em esperar o trem, passar umas boas horas sentadas num vagão de 2ª classe (adolescente nunca tinha dinheiro), cercados de pessoas de características próprias bem originais, alguns levavam consigo mantimentos, compras que vieram fazer na cidade, etc., e na volta traziam porcos, galinhas, papagaios, periquitos e tudo que se podia ou não imaginar. 
A alegria da convivência nesse trajeto era tanta que passávamos a maior parte do tempo no vagão restaurante ou então andando de um lado para o outro observando se haveria no meio de tanta gente incomum algum “colírio” para os nossos olhos. Vez ou outra encontrávamos um exemplar do sexo oposto que sempre acabava dando disputa para saber para quem ele olharia mais, porém como a viagem era curta não chegava a causar grandes estragos.
Isso tudo eu relato com a visão que tenho hoje porque quando somos jovens tudo é diversão e as dificuldades se tornam motivo de riso. E riso, cantorias e bagunça não faltava, tanto que até hoje, mesmo com a vida tentando me dar rasteiras, ainda conservo alguns traços daquele comportamento. Resumindo, a gente era feliz e não sabia.
Saíamos daqui, quando o trem estava no horário, coisa rara, à uma hora da tarde e chegávamos na estação/destino com o por do sol. Não era o fim da viagem, ainda tínhamos que fazer uma caminhada até a sede da fazenda.
Quando dava pra avisar com antecedência, os peões levavam alguns cavalos ou um trator para nos buscar, mas era difícil a comunicação, então o lance era andar no meio do pasto e rezar pra que a lua clareasse o caminho.
Agora fico imaginando... Porque será que a gente não levava uma lanterna? Ou uma arma para o caso de aparecer uma onça não muito amistosa... Ah, isso nem passava pela cabeça.

Em um desses feriados, por causa do pantanal estar em época de seca trocamos a viagem de trem por uma agradável aventura na carroceria de uma caminhonete C10.
Naquele tempo a gente podia sim andar na carroceria dos veículos sem os cuidados inúteis que nos impõem hoje em dia. Também era comum andar de bicicleta sem capacete...
Miqui andando de bike na estrada.
E não usávamos joelheiras para descer as ladeiras de patins ou qualquer outra proteção para pilotar carrinhos de rolimã. 

Não sei como sobrevivemos a tanto “perigo”.

Mas voltando ao passeio, neste dia, espremidas entre caixas e tambores de óleo estávamos completamente felizes. O sol das 2 da tarde em pleno verão sul mato grossense queimava nossos rostos, mas o vento nos refrescava a pele e só notamos as queimaduras já na fazenda, quando uma olhou pra outra com cara de “ai meu Deus, você virou camarão”.
Acha que esquecemos o filtro solar? Que nada, o máximo que usávamos para tomar sol era óleo de soja com beterraba e coca-cola e uma mangueira de água pra esfriar o corpo, no fundo do quintal, onde o muro alto nunca foi empecilho para o deleite dos moleques da vizinhança, que se contentavam em nos apreciar dentro de um maiô que cobria muito mais que as roupas de baladas que nossas filhas usam hoje em dia.
Mas nesse dia não tínhamos passado nosso “bronzeador”. Que fazer? A mãe da Miqui mandou que a gente usasse Maisena dizendo que ia refrescar a pele. Uhm Hum, ôôô!
O resultado foi três dias de ardência na pele onde nem abraço era bem vindo.
Mas o pior ainda estava por acontecer...
A pele começou a se soltar aos poucos, ficando metade bronzeada e metade cor de lagartixa de parede.

Imagina uma adolescente que morre de vergonha de uma simples espinha no rosto ter que voltar pra escola com a cara inteira parecendo uma cobra descascada.

Tempos bons aqueles!

Livre arbítrio

Não sou espírita, nem evangélica, nem messiânica e nem budista... 
Nasci católica, mas não prego placa de igreja. 
Aprendi com um homem de Deus que sou filha muito amada do Pai, só isso interessa. 
Claro que tenho que ter um lugar para me reunir com os irmãos e ouvir a Palavra porque isso alimenta a minha fé e eu vou onde professam Jesus como Senhor e Salvador e onde me sinto bem. Não porque vão dizer coisas que eu quero ouvir, mas verdades que eu preciso ouvir. 
Jesus não disse coisas do tipo "Você tem que ser da 'Igreja Pentecostal Abominação da Vida Torta' pra ter a vida eterna..." 
Deus deu o livre arbítrio. A escolha é minha.

Parto com música

Era uma manhã fria, no finalzinho do mês de abril de 1989 e eu estava no hospital para ter o meu filho, tentando me acalmar da melhor maneira, lembrando as palavras da médica, “- Pensa que você vai para o hospital não porque está doente, mas pra buscar o seu nenê”.
Esse pensamento me confortava e toda a tensão da operação se dissipou quando, ao entrar na sala, vi na parede em frente um quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Eu havia frequentado a novena e feito o Ofício da Imaculada todas as noites. Então esse encontro foi muito agradável e me confortou o coração. 
Mesmo eu estando mais calma, meu médico usou um método interessante para que eu relaxasse, disse que ele só trabalhava cantando e que eu podia escolher uma música. 
Eu pedi London, London.
London, London é uma música do Caetano Veloso, regravada pelo Paulo Ricardo do RPM que fez um sucesso devastador na época. Em inglês.
A cara que meu médico fez foi hilária, franziu a sobrancelha mais ou menos assim:  ¬¬
Então eu mudei de ideia na hora: “Tá bom, pode cantar “Detalhes”.
E o Rodrigo nasceu com direito à trilha sonora.

Cadê o neurologista?


Hoje um fato que envolve a saúde da minha mãe me tirou do serio.
Ligaram-me da secretaria de saúde dizendo que a consulta dela com o neurologista foi cancelada porque ele foi cortado do quadro de médicos do hospital.
Eu não estou aborrecida pela questão de pagar ou não uma consulta porque graças a Deus minha mãe tem plano de saúde, mas o difícil é que ela não aguenta ficar viajando pra Campo Grande para se tratar e aqui na nossa cidade não tem outro médico neurologista.
Pois é, nós temos que aceitar as mudanças.
Tenho vontade de mudar também... De cidade.


PS: Depois de alguns dias que postei esse comentário no Facebook me ligaram remarcando a consulta. O médico foi readmitido. 

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