"Guarde somente as coisas que você gosta, materiais, emocionais e espirituais."



O mendigo que carrega uma vassoura de bagagem

Ontem cedo quando fui abrir os portões dei de cara com um mendigo dormindo na calçada em frente a minha casa. Notei que ele tinha uma vassoura que estava encostada na grade e mais nenhum pertence. O odor que exalava dele era de revirar o estomago, uma mistura de suor e cachaça potencializados pela falta de banho. A primeira coisa que me veio à mente foi de raiva por ele estar bem em frente o portão, impedindo assim a passagem, depois olhei pra ele e senti pena porque me dei conta que era um ser humano. Tirei o cadeado do portão e fui pra dentro limpar o “esterco” dos gatos e cão, que infelizmente tem um perfume bem menos incomodo do que o do meu irmão.
Quando fui levar o lixo, novamente encontrei “a pessoa”, ele já estava acordado e pra meu espanto varrendo a calçada... A minha calçada.
Ele disse gostar muito de trabalhar e se desculpou várias vezes por estar me incomodando.

Notei uma falta de amor próprio, um sentimento de “não pertença”, de humilhação, que o fazia se desculpar a cada instante e imaginei os insultos que ele já havia escutado na vida. Que triste. Ele não se sentia amado nem por Deus.
Eu disse que eu ia fazer um café e levaria pra ele.
Quando servi o café ele olhou com insistência a correntinha que eu tinha no pescoço e eu, por reflexo, me afastei repentinamente. Ele não percebeu meu medo. Fui pra dentro meio às pressas, mas alguns minutos depois ele me chamou na grade do portão e pediu um real. Eu, mesmo sabendo a finalidade desse dinheiro, dei a moeda a ele, por ver a tremedeira em suas mãos, sintoma frequente de abstinência de álcool. 
Não era o momento de recriminações.

Durante o dia fiquei sabendo que ele era de uma família de pessoas de posses e que havia sido levado pra casa por algumas pessoas caridosas, porem em pouco tempo voltou, trazendo uma mala daquelas com rodinhas e algum dinheiro. Bens que não duraram muito tempo.
Fiquei imaginando o que leva um ser humano a preferir viver na rua a ter uma vida mais digna. A conclusão que cheguei é o que tinha sentido num primeiro momento, a falta de amor próprio. Talvez traumas e complexos... A falta de sentir-se amado principalmente por Deus.

O dia correu normalmente e a noite, ao sair o encontrei dormindo numa rua paralela à minha.
O abençoei em silencio, mas, como qualquer pessoa “normal”, não fiz nada que pudesse mudar a vida daquele homem.

Vingança

Os filhos parece que têm uma missão na terra de enlouquecer seus pais... Que na velhice se vingam apresentando a eles um alemão chamado Alzheimer.

Mãe vive pra servir

Mãe? 
Mãe é aquela pessoa meio sem noção que senta por ultimo à mesa, depois de ter servido todo mundo, que levanta três ou quatro vezes pra pegar uma colher ou guardanapo que faltou e que come o pedaço queimado da torrada ou o menor bolinho de chuva que sobrou na travessa. 
Por que? Simplesmente para que a sua família tenha o melhor.

Gostou? Ainda não acabou...

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