"Guarde somente as coisas que você gosta, materiais, emocionais e espirituais."



Dons que os amigos precisam ter (parte I)


Todas as pessoas, desde que não tenham alguma limitação física, têm a capacidade de ouvir. O difícil é escutar o outro. Porque ouvir é apenas perceber ruídos com os ouvidos, porém escutar vai mais além, escutar significa prestar atenção ao ouvir, sentir o que o outro está falando, entender o que o outro quer dizer.
Mas, em um dialogo, além de nossa atenção, o outro espera uma resposta ou um conselho. E muito mais difícil até do que escutar é falar ao outro de maneira que possa ajudar em alguma questão. Porque falar a gente fala até demais, joga as palavras ao vento, muitas vezes sem passá-las antes pela razão e saímos despejando conselhos “furados” sem nos preocuparmos com a consequência das nossas palavras.  Ficamos falando e falando sem objetivo e sem sentido. Ou então queremos que o outro faça aquilo que seria conveniente se o problema fosse conosco, nos esquecendo de que a realidade dele é outra, ele vem com uma bagagem diferente, com experiências que o torna único, e então o que é bom pra mim talvez não seja tão bom assim pra ele.
Muitas vezes, no caso em que não sabemos o que falar, o silêncio ajuda muito. Mas a grande maioria das pessoas não aguenta o silêncio, se sentem incomodadas.
Então, talvez possa dar um abraço para demonstrar sua amizade ou um olhar de cumplicidade. 
Já ajuda bastante.

Mas se queremos realmente ajudar precisamos aprimorar o dom do conselho. 
Esse dom nada mais é do que escutar o outro com atenção. Ter a sabedoria de dizer as palavras certas para edificar, exortar e aconselhar. E, com discernimento, escolher a hora apropriada e a maneira adequada de dizer essas palavras.

Uma coisa que também dá resultado é questionar o outro sobre qual atitude ele gostaria de tomar, o que ele pensa a respeito, o que ele poderia fazer que o deixaria feliz.
Acredito que você vai se surpreender com as respostas descobrindo que o outro já tinha a solução do problema, apenas ele não sabia disso ou queria uma segunda opinião para se certificar do que é realmente o certo a fazer.
Em algumas situações também descobrimos que nosso amigo só queria compartilhar suas mazelas, só precisava de um pouco de atenção.

Então entendemos que até para sermos amigos precisamos ter o “dom”, ou melhor dizendo, “os dons”.

Mulheres e paraíso


Não acredito totalmente na culpa exclusiva da serpente (Gn 3, 1. 4-5).
Simplesmente porque algumas mulheres são tão astuciosas que superam em muito a dita cuja. Se mostram pseudo-submissas pra alimentar o ego do carinha e ele, inflado de orgulho faz tudo o que ela quer. O pior é que os homens gostam de mulheres assim, falsamente ingênuas, falsamente dependentes.
No paraíso, a abençoada da Eva (Gn 3, 6) descobriu só de olhar para o fruto proibido que ele era agradável ao paladar e bom para adquirir discernimento. Ah, tá, se dissesse que era bonito de se ver, tudo bem, mas achar gostoso antes de provar? E ainda mais, bom “pras ideias”? Só se caísse e rachasse a cabeça dela para entrar algum pensamento que prestasse. Mesmo assim diz a sabedoria popular que era uma maçã e não uma jaca.
Então, como ninguém vai para o céu e nem para o inferno sozinho, a bonitinha ainda deu um pedaço para o coitado do marido... E o trouxa comeu (Ainda no versículo 6). Quando foram questionados por Deus, o cara botou a culpa na mulher. Naquele tempo eles ainda não conheciam o companheirismo e a cumplicidade.- Sentimento e atitude muito em moda hoje em dia, ou será que não? - E a moça pra tirar o seu da reta entregou a cobrinha.
Resultado, perderam a vida boa, tiveram que trabalhar, etc, etc...
Mas essa historinha é algo apenas ilustrativo, o ponto onde eu quero chegar é o fato que as mulheres têm uma maneira muito singular de conseguir o que querem e, se no final dá caca elas também já sabem em quem colocar a culpa.
Estou dando essa volta toda, que os escritores chamam de introdução, porque embora algumas atitudes sejam inerentes ao ser humano independente de gênero, o tema que quero abordar é uma atitude específica das mulheres.
A mulher sempre foi rotulada em comparação com o homem como o sexo frágil, porém, se formos analisar os detalhes, não é bem assim.
Hoje temos exemplos da força da mulher inclusive na presidência da república, coisa que já tínhamos visto anteriormente em outros países com a “Dama de ferro”, ex-ministra britânica Margaret Thatcher, ou Elizabeth II, Rainha da Inglaterra, entre centenas de outras mulheres que se destacam, talvez aí mesmo na sua rua.
A mulher também tem o poder de fazer do seu homem um líder respeitado e de sucesso, mas se não usar essa força para o bem pode acabar com a vida dele em pouco tempo.  
Inclusive acredito que foi pensando nisso que Paulo, sempre Paulo, já dizia que o casamento não é um bom investimento (1 Cor 7,8). O interessante é que ele nem era casado.

Bom, vimos no início que Eva, a primeira mulher, levou o homem à perdição, porém temos uma verdade absoluta que nos reforça a esperança –  toda vez que o homem se afasta de Deus, e isso aconteceu muitas vezes no antigo e novo testamento e acontece ainda hoje – Deus coloca em prática um plano “estepe” ou “Plano B” para resgatar a pessoa humana.
Quando a atitude de desobediência da Eva nos tirou do paraíso, Deus começou a pensar em uma maneira de nos levar de volta.
Primeiro para evitar novas encrencas Deus pôs hostilidade entre a mulher e a serpente, hostilidade essa que se estendeu a todas gerações (leia Gn 3,15). 
(Será que é por isso que não gostamos de algumas cobras?)
Passou-se muito tempo e então quando Abraão teve fé suficiente para lhe entregar seu filho Isaac, finalmente Ele (Deus) revelou seu plano de salvação: daria Seu único Filho em resgate de todos.
Passou-se mais um bocado de tempo, o tempo de Deus é diferente do nosso, e certo dia, numa cidadezinha do interior da Galiléia, uma jovem de nome Maria disse “Sim” para Deus, foi concebida pelo Espírito Santo e deu a luz ao Redentor da humanidade. (Lc 1, 26-38; 2,7.11)
Pronto, a Nova Aliança se fez, somos Filhas e Filhos amados de Deus. Mas agora a responsabilidade é maior.
Não podemos mais viver tendo atitudes de Eva, precisamos ser semelhantes a Maria na vida dos nossos homens; sejam eles namorados, maridos, irmãos ou filhos.

 Um dia eu li em Provérbios que “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido; porém a que procede vergonhosamente é como apodrecimento dos seus ossos” (Pr 12.4).
Ser coroa do homem é estar no alto da sua cabeça e torna-lo respeitado, honrado e reverenciado. É ser ajudadora na missão concedida a ele.
Não é se fazer de coitadinha ou dependente, submissa no sentido de não fazer nada e esperar que venha tudo de mão beijada. Pelo contrário, é ser uma mulher virtuosa, que trabalha na construção de um lar abençoado, onde todos se amam e amam a Deus antes de qualquer coisa.

PS: Eu nem acho ruim quando meu filho ou meu marido me chamam de “coroa”, porque eu sei qual a influência que eu quero exercer sobre eles e como eu quero edificar a minha casa para que eles e eu possamos viver no paraíso.
Não é fácil, mas é possível.



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