"Guarde somente as coisas que você gosta, materiais, emocionais e espirituais."



Dor de garganta

Dr House tratando dor de garganta
Eu sempre achei que filhos deveriam nascer com manual de instruções, já que a gente não pode fazer faculdade especializada para pais e só aprende depois que já somos.
Talvez seja por essa razão que em algumas culturas o primogênito recebe grandes regalias. Tem lógica, afinal ele é usado como cobaia em experiências na qual os pais aprendem a criar e educar os outros filhos.
Não quero dizer com isso que filho é tudo igual, pelo contrário, são individuais, e mesmo quando se trata de gêmeos a personalidade de cada um é diferente e a educação nem sempre funciona quando se usa a mesma fórmula.
Outra agravante na difícil tarefa de criar esses “filhotes” é que na cabecinha deles não importa como os pais se esforçam, façam de um jeito ou de outro estarão sempre errados. Bem... até o dia em que eles tiverem seus próprios filhos.
Com o meu moleque não é diferente, a culpa de tudo que acontece é sempre da mãe ou da mãe da mãe, a avó, porém quando a coisa aperta e ele não sabe o que fazer, corre pedindo ajuda.
Adivinha pra quem?...
Hoje ele chegou pra mim reclamando que estava com dor de garganta e eu disse pra ele passar um remedinho. 
Expliquei detalhadamente para que não houvesse erro: - Amor, passa um pouquinho de Cataflan Gel do lado de fora da garganta, no pescoço. Vai melhorar a dor e nem vai precisar tomar o comprimido.
Ele respondeu com ironia: “- Do lado de fora, né? Ainda bem que você avisou!”
Eu nem respondi e continuei com os meus afazeres.
Dai uns cinco minutos fui ver o que ele estava fazendo e o encontrei com o pescoço, queixo e orelhas totalmente melecados. Deve ter usado mais de meio tubo de gel.
Então falei: - Rodrigo, você passou muuuuito gel!
Ele respondeu: - É pra sarar muuuuito depressa!
Dããã!

Quem ama chama

Minha mãe na juventude foi uma mulher religiosa, porém não muito fanática, assim, como a maioria dos católicos, apenas não faltava às missas de domingo e às vezes participava em alguma quermesse. 
Nossa, que antigo! Vou ter que explicar o que é isso: falando de um modo simples, quermesses eram festas paroquiais, realizadas geralmente no dia do santo padroeiro, compostas por manifestações e comidas típicas, barracas e sorteio de prêmios, semelhante aos “bingos” que realizamos hoje. Olha que eu nem pesquisei no Google... mentira, colei do Wikipédia. He, he, he... 
Ela, minha mãe, teve um problema de saúde e deixou de sair de casa, por isso não me levava à igreja e quando eu estava na idade de fazer a catequese nos mudamos aqui pra Miranda e o tempo foi passando com minha educação religiosa se limitando às orações de Pai Nosso e Ave Maria e o famoso “Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador...” que toda mãe acha que basta pra criança ficar livre dos capirôtos do mundo.
Porém os planos de Deus nem sempre são compreensíveis e não sei por que motivo, causa, razão ou circunstância eu sempre fui muito carola, desde pequenininha. Também desde sempre fui apaixonada pelas músicas do Roberto Carlos, mas uma coisa não tem muita ligação com a outra. Como diz o meu amigo Pe. Paulinho, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, a não ser pelo fato dele, o Roberto, ter em seu repertório várias músicas religiosas.
Então voltando no tempo, ainda em São Paulo, me lembro que eu pedia pra minha tia me levar na igreja porque lá eles cantavam algumas músicas do Roberto como “A montanha”, Jesus Cristo”, etc... Isso pra mim era o céu!
Nos anos 80, aqui em Miranda não tinha muitas atrações de diversão e o lugar mais frequentado era o Cine Marabá, localizado onde hoje é o shopping em frente à Praça Agenor Carrilho. Todo domingo na sessão das 19h lotava o cinema e nos dias de semana reprisava o filme do domingo. Mesmo na maioria das vezes já tendo assistido ao filme, os alunos do EERP matavam aula saiam disfarçadamente da escola pra assistir a reprise, pois “valia a pena ver de novo”, não pelo filme, mas pela quebra das regras ditadas pelos pais e professores. Rebeldia natural de adolescente.
Eu, confesso que algumas vezes também consegui escapar do olhar atento da dona “Xepa”, que na época era inspetora de alunos, e fui junto com  a turma pro cinema, mas isso não me dava a sensação de liberdade que eu percebia neles.
No domingo eu também ia ao cinema e quando terminava o filme e eu saía para dar umas voltas na pracinha antes de voltar pra casa via as pessoas saindo da igreja. Isso me dava vontade de estar no meio deles, mas o horário coincidia e se eu deixasse a “turma” pra ir rezar me excluiriam da “tribo”, como um ser de outro planeta que não fala a mesma língua.
Difícil escolha naquela idade, porém pra não pensarem que eu era anormal comecei a dizer que ia ver o filme e entrava na igreja disfarçadamente (como se fosse possível), assistia (hoje participo, o que é diferente) a missa, dava o dinheiro da entrada do cinema no ofertório e voltava pra casa feliz da vida.
Até que um dia minha mãe desconfiou (como mãe descobre essas coisas só fui saber depois que meu filho nasceu) e perguntou como tinha sido o filme.
Ai Jesuis, pensei, e agora?
Então imaginando que minha mãe não conhecesse nada de bíblia comecei a narração:
“Bom, era a história de um carinha que não tava contente em casa e pediu uma grana pro pai e então fugiu com um monte de namoradas, levou uma vida bem legal até que a grana acabou, as mulheres deram no pé e ele voltou pra casa pixado. O pai de tão feliz fez uma “puta” festa (desculpe mas eu falava assim), só que o irmão dele deu pity. Como o pai dele era um cara sabido pádaná ele conseguiu convencer os dois a fazerem as pazes e viveram felizes para sempre.”

Minha mãe, que no meio da história já estava com cara de poucos amigos falou finalmente: “Sei não, tá mais parecendo com a parábola do filho pródigo.”
E eu, com essa carinha de santa que Deus me deu, respondi:
- Pois é, mãe, esses caras de cinema não têm mais ideias novas pra fazer filme e agora começaram até a copiar da bíblia.

Contornei! Rsrsrs.

Cantada failed

A insensibilidade exagerada dos homens muitas vezes chega a incomodar até a mais paciente das devotas de Santa Mônica.
É comum passarmos em frente de alguma obra em construção e ouvirmos o famoso comentário: “- Gostosaaaaa!”.
O que os homens não sabem é que essa palavra tem a seguinte conotação: “ESTOU GORDAAAAA”.
Até aí é suportável. As mais otimistas procuram levantar o ego um tanto decaído, de forma positiva, frequentando mais assiduamente a abandonada academia ou pelo menos praticando uma caminhada de quarenta minutos e trinta e cinco segundos, três vezes por semana, e fica tudo bem.
Outras, com a autoestima já abalada por constantes “elogios” desse porte, acabam se tornando depressivas e agravam a situação aumentando o consumo de doces, chocolates e refrigerantes. O que me parece que aos olhos de alguns homens causa apenas um aumento de “gostosura”. (Aqui não vamos falar sobre problemas de saúde ligados ao colesterol; fugiria do tema principal.)
Então percebemos que temos dois grupos de mulheres.
(As baranguinhas que gostam de vulgaridades estão automaticamente excluídas porque achariam esses elogios o “Ó”).
Eu faço parte do primeiro grupo e tento (nem sempre com muito êxito) manter a forma.
Porém em uma das minhas caminhadas (leia-se pedaladas) me encontrei em uma situação onde o que deveria ser um elogio acabou sendo pior do que ser chamada de gorda.
Estava eu de bicicleta pelas ruas da cidade quando ao passar em frente um bar, tocava no rádio uma “música inédita”, gravada por Milionário e José Rico, denominada Telefone Mudo. Pude escutar somente o trecho: “... já estou cansado de ser o remédio, pra curar o seu tédio...” e fui seguindo meu caminho pensando em como as rimas de algumas músicas são engraçadas e...
Quando de repente ouvi o comentário de um frequentador do tal bar:  -“Ôôô, REMÉDIOOOO!”.
Instintivamente virei para trás e, pasmem,  o “desinfeliz” estava olhando para mim e com cara de quem estava arrasando na cantada.
É prá cabá!

Sei que para os homens, tentar agradar as mulheres não é fácil e, convenhamos que para nós entendermos esses bichos estranhos seres adoráveis do sexo oposto, também é complicado, mas se fosse fácil chamaria Miojo e não relacionamento, porém em tudo há um limite.

É simples e fácil de entender: sermos chamadas de gostosas pelos nossos maridos ou namorados podemos aguentar, mas evitem nos chamar de “MÃE”, “VÉIA” ou coisa semelhante.
Agora, nem tentem fazer experiências nos quais desconheçam os efeitos colaterais, porque chamar uma mulher de “REMÉDIO” é o mesmo que desencadear a ativação automática da transmutação de gatinha dócil para onça pintada prestes a atacar.
Muito cuidado nessa hora!

Deixe o barro secar

Tem dias que tudo aborrece, a TPM aparece e por causa de pouca coisa a gente se entristece e a raiva acontece.
E nem sempre lembramos de deixar o “barro secar” antes de tomar alguma atitude impensada.
Não conhecem a parábola? Então aqui vai:

DEIXE O BARRO SECAR

"Certa vez uma menina ganhou um brinquedo no dia do seu aniversário.
Na manhã seguinte, uma amiguinha foi até sua casa para fazer-lhe companhia e brincar. Mas a menina não podia ficar com a amiga, pois tinha que sair com a mãe.
A amiga pediu que a menina a deixasse ficar brincando com seu brinquedo novo até que ela voltasse. Ela não gostou muito da ideia, mas por insistência da mãe, acabou concordando.
Quando retornou para casa, a amiguinha já não estava lá e tinha deixado o brinquedo fora da caixa, todo espalhado e quebrado.
Ela ficou muito brava e queria ir até à casa da amiga para brigar no mesmo instante.
Mas a mãe ponderou:
- Você se lembra daquela vez que um carro jogou lama no seu sapato? Ao chegar em casa você queria limpar imediatamente aquela sujeira, mas sua avó não deixou. Ela falou que você deveria primeiro deixar o barro secar. Depois, ficaria mais fácil limpar...
E prosseguiu dizendo:
- Com a raiva é a mesma coisa. Deixe a raiva secar primeiro, depois ficará bem mais fácil resolver tudo.
Mais tarde, a campainha tocou: era a amiga trazendo um brinquedo novo... Disse que não tinha sido culpa dela, e sim de um menino invejoso que, por maldade, havia quebrado o brinquedo quando ela brincava com ele no jardim.
E a menina respondeu:
- Não faz mal, minha raiva já secou!
Discussões no dia-a-dia, nos relacionamentos e no trabalho podem levar as pessoas a ter sentimentos de raiva. Segure seus ímpetos, deixe o barro secar para somente depois limpa-lo. Assim você não corre o risco de cometer injustiças."

... de cometer injustiças, de magoar alguém, de ser cruel, de falar coisas que não queria... Tudo isso e mais um pouco.

O carroceiro

Carroça do "seu" Josias

Minha mãe é uma mulher muito atarefada e quando não tem o que fazer ela inventa.
Ontem resolveu limpar os canteiros de plantas, cortar alguns galhos de árvores e quando eu vi o quintal estava tão cheio de entulhos que não daria para colocar na rua, precisaria de um carroceiro pra levar o lixo.
Ela procurou na agenda e não encontrou o telefone do rapaz que ela jura ter anotado na letra “J” de Josias.
Eu tentando ajudar vasculhei a agenda inteira e encontrei no “C” de carroceiro um telefone com a indicação “Carroceiro Vorta”. Estranhei o nome, porém a letra era da minha mãe, só perguntei se servia, mas ela disse não ser o profissional que ela queria e esse “Vorta” ela nem conhecia.
Depois que ela fala que não lembra, não viu ou não conhece, pode desistir... e eu desisti.
Hoje cedo, no açougue avistei por acaso o 'seu' Josias do outro lado da fila, sai de onde estava e quase atropelei o homem; não poderia deixar escapar a oportunidade que caiu do céu. Anotei seu telefone, endereço, número de identidade e cpf , também perguntei sobre um ponto de referência onde poderia encontrá-lo no caso de alguma emergência, afinal mesmo não sendo um profissional da saúde ou policial, se o perdesse de novo e minha mãe ficasse sabendo eu arranjaria um problema de Estado.
Voltei para o final da fila, fiz as compras e cheguei em casa toda feliz, contando pra “Lady Laura” minha façanha da manhã, quando ela me perguntou:
- Você viu o carroceiro e nem mandou ele passar aqui?
Eu respondi, - Ô mãe, eu encontrei o homem, peguei o número do celular dele e avisei que você poderia ligar. Como eu ia saber se você não tinha ligado pro “Vorta” vir buscar os entulhos?
Ela riu.
Bom, até agora estou sem saber o que quer dizer esse nome, mas um dia ele “vorta” e “nóis” fica sabendo o porquê do nome.

A toalhinha

Uma estação de rádio canadense, daria um prêmio de 1.000 a 5.000 dólares à pessoa que contasse um fato verídico e que tivesse ocasionado um verdadeiro embaraço, daqueles que nos fazem enfiar  a cabeça "chão adentro."      
Esta história, relatada a seguir, recebeu o prêmio máximo, ou seja, 5.000 dólares:

Eu tinha consulta marcada no ginecologista  para essa semana, mas ficaram de avisar-me o dia e a hora corretos.  
De manhã bem cedo, recebo um telefonema da funcionária do consultório informando que a minha  consulta estava marcada para esse mesmo dia, pela manhã, às 09h30 hs! 
Tinha acabado de tratar do desjejum do meu marido e crianças e ia no momento começar a me arrumar.   
Eram precisamente 08:45 hs! 
Entrei em pânico, não tinha um minuto a perder.  
Tenho certeza que sou igual a todas as mulheres e que temos muito cuidado e uma particular atenção com nossa higiene pessoal, principalmente quando vamos ao ginecologista mas, desta vez, não daria  tempo de tomar nem ao menos uma rápida ducha. 
Subi as escadas correndo, tirei o pijama, agarrei uma toalhinha que estava em cima da borda da banheira, desdobrei-a e molhei-a, passando-a depois, com todo o cuidado, pelas "partes íntimas" para ter a certeza que ficaria o mais limpo possível.   
Joguei a toalhinha no saco da roupa suja, me vesti e "voei" para o consultório.
 Estava na sala de espera há alguns minutos quando me chamaram para fazer o exame. 
 Como já sabia do procedimento, deitei-me sem ajuda e tentei, como sempre faço, imaginar-me muito longe dali, num lugar assim como o Caribe, ou em qualquer outro lugar lindo e pelo menos a 10.000 km daquela situação.   
Fiquei muito surpreendida quando o médico ao começar a me examinar, exclamou:   
- "Oh lá, lá! Hoje de manhã você fêz um esforço suplementar para ficar bonita, e ficou realmente muito bonita!"   
Não recebi muito bem o cumprimento, e não respondi.
Fui para casa tranqüila e o resto do dia desenrolou-se normalmente: limpei a casa, cozinhei, tive tempo de ler uma revista, etc.     
 Depois da escola, já acabados os seus deveres, a minha filha, de 6 anos, estava preparada para ir brincar, quando gritou do banheiro:  
- "Mamãe! Onde está a minha toalhinha?"     
Gritei de volta que tirasse uma do armário.  
Quando me respondeu, juro que o que me passou pela cabeça foi desaparecer da face da terra. 
O comentário do médico martelava na minha cabeça sem descanso e minha filhinha me disse só isso:    

- "Não mamãe, eu não quero uma toalhinha do armário; quero mesmo aquela que estava dobrada na borda da banheira. 
Foi nela que eu deixei todas as minhas purpurinas e as estrelinhas prateadas e douradas...!"

   
Conclusão.....:

SORRIA! A VIDA NÃO É BELA???  
CLARO QUE É, PRINCIPALMENTE SE TIVER A "DITA CUJA" TODA BRILHANTE E ESTRELADA!!!

Gostou? Ainda não acabou...

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