"Guarde somente as coisas que você gosta, materiais, emocionais e espirituais."



Medo de errar

Já faz algum tempo que eu “virei internauta”, no começo foi MSN, Chats, Orkut, etc. Também tenho alguns blogs pessoais com matérias garimpadas por aí, mas confesso que relutei em criar um blog para publicar textos escritos por mim. Eu queria evitar cometer erros de português e de redação.

Acho imperdoável, por exemplo um universitário escrever coisas absurdas. Às vezes se torna até engraçado ao prestarmos atenção na maneira inusitada com que alguns repórteres tentam chamar a atenção ao relatarem alguns acontecimentos.

Esta semana estava eu sentada, distraidamente, apenas olhando para a TV quando me interessei por uma reportagem. Havia desabado o teto de um coreto na Bahia. (Veja aqui).

O repórter relatou o fato dizendo que as pessoas se abrigavam da chuva quando a laje veio abaixo machucando-as gravemente. Até aí nada muito anormal mas a reportagem terminou com a frase do repórter: “- Uma pessoa morreu no local. O coreto foi condenado.”

Em vez de sentir o drama eu comecei a rir imaginando se teriam algemado o coreto como fizeram com um pé de maconha dias atrás. (Veja aqui).

Mas lógico que ele foi condenado à demolição e não à prisão, rsrsrs.

Então, como eu acredito que até de coisas ruins devemos tirar uma boa lição, estas "preciosidades" me motivaram e, aqui estou eu, agora sem medo de escrever.

Afinal, quem acerta sempre?

Uma sociedade mais justa é possível?

Esse é um debate que está e estará presente em muitas reuniões, assembléias, grupos, enfim, nos meios onde se falam dos problemas sociais. E parece que nunca chegaremos a uma conclusão comum, porque para uma sociedade mais justa e fraterna teríamos que arrancar do nosso meio todas as maldades, começando pelos crimes contra a honra: a calúnia, a difamação e a injúria (confira o blog do Padre Paulo Nunes sobre esse assunto). Sim, porque o ciclo da maldade começa assim: uma fofoquinha aqui e ali, um disse-que-disse sem controle, e quando se vê a "bola de neve" alcançou tamanho descomunal e não dá mais para voltar atrás e apagar o mal que fizemos na vida das pessoas.

Pra consertar esse mundo tão estragado, só consertando o homem, que desde Caim vem deixando esses sentimentos mesquinhos tomarem conta do coração. Estou falando da inveja e do ciúme que faz com que tentemos denegrir a imagem do outro, inventando coisas que só uma grande imaginação novelística é capaz de criar.

Diante disso, o que fazer?
O meu amigo (http://padrepaulonunes.blogspot.com/2010/02/venca-o-mal-com-o-bem-rm-1221.html) menciona nesse artigo em seu blog, as palavras de Jesus: "Devemos combater o mal com o bem". E Jesus é a prova viva de que quem faz o bem, acaba sofrendo na pele por causa da maldade dos injustos.

Minha mãe diz que tudo o que o Pe. Paulo toca é abençoado.
Deus sempre coloca "anjos humanos" pra aplainarem seus caminhos, ajudarem na caminhada e no fim, contrariando a expectativa de certas pessoas que tentam impedí-lo de pregar o evangelho, ele se ergue triunfante, e segue sua missão, de mãos dadas com Jesus e coberto pelo manto de Maria.
O que esse homem tem de diferente?
Ele sorri entre dificuldades, seguindo em frente sempre, sem olhar para trás, trabalhando para que o Reino de Deus aconteça, não esmorece porque tem Jesus como sustentáculo da sua vida.
Ele usa de uma certa exigência amorosa ao ensinar, querendo ver o crescimento espiritual dos que o escutam. Trabalha incansávelmente para que a graça aconteça na vida de todos. Sua humildade o faz irmão dos seus irmãos e, mesmo grande, se faz pequeno pra que os menores consigam acompanhar seu raciocínio. Tem sempre um sorriso e uma palavra de encorajamento para quem se aproxima. Tem bondade no coração e amor por todos sem fazer distinção.

Talvez essa seja a receita para mudar esse mundo, pois a justiça precisa começar pelas coisas simples e pequenas, o sorriso alegre que contagia, a bondade que desconserta os maus, o perdão àqueles que nos caluniam.

Obrigada, meu amigo padre, por nos ensinar a ganhar as batalhas de cada dia, não com violência mas fazendo o bem, rumo à vitória maior que é a sociedade justa que tanto os homens almejam e que também é o sonho de Deus...

Eliane Maria.

Carnaval serve pra quê?

Carnaval é a época do “pode tudo” com direito a liberdade, uma grande festa pra ser feliz, beber todas, dançar todas e comer todas. As pessoas economizam o ano inteiro pra gastar o que tem e o que não tem em fantasias luxuosas, que muitas vezes sobram nas alegorias de cabeça o que deveria cobrir o resto do corpo. Gastam com bebida, com abadas, com camarotes, e depois com remédios pra ressaca... Isso olhando de uma maneira bem otimista porque podem vir resultados inesperados (?) depois de nove meses, o que não seria de todo trágico comparando com muitas doenças que estão a rondar os menos precavidos e os acidentes de trânsito que batem recorde todos os anos.

Mas isso não vem ao caso, o importante é a folia, e afinal de contas você se divertiu, foi “feliz” por
cinco dias.
Uhm hum, se é que ser feliz é se esfregar numa multidão de gente suada e descontrolada. A sensação é a mesma de ir pra 25 de março, num sábado de manhã, só que de fantasia, vão te dar tanto empurrão e soco nas costas... mas tem música, então está tudo bem.

Agora chegou a quarta-feira de cinzas e a rotina do dia-a-dia retorna sem piedade. E com ela vem as contas, a volta ao trabalho enfrentando novamente o chefe mal-humorado e uma insuportável dor de cabeça, resultado da ressaca.

E aí, José?

Os cinco dias de “felicidade” não cessaram os terremotos e inundações, e os bebês continuam sendo jogados nas lixeiras e isso não dá pra ser abafado ao som da escola de samba da sua comunidade.

Convenhamos que se divertir é necessário, mas que seja com um mínimo de bom senso e responsabilidade e sem esquecer que
felicidade é estar bem todos os dias do ano.
Eliane.

Caça ao cururu

Eu tenho escutado por essas rodas de tereré da vida, histórias emocionantes de aventuras no pantanal que botam o Indiana Jones no chinelo e isso me deixa quase deprimida por ser a única pessoa nas redondezas que tem uma vida monótona, que nunca sai da rotina casa-mercado-domingo-na-igreja. Mas o fato que vou contar me deu a certeza que o que faz a história ficar interessante não é tanto o acontecimento em si, mas a maneira como são narrados os detalhes.
Eu estava em casa tentando limpar o chão da lavanderia quando me deparei com o Sr Sapo se banhando calmamente na vasilha de água dos meus gatos. Mas, a surpresa não foi o dito cujo ter feito de banheira o tal pratinho, o que me deixou mais chateada foi que ele trouxe toda a família. É serio, encontrei perto da “Brastemp”, seus três bebês sapinhos, não tanto bebês mas adolescentes da espécie, pelo que notei todos gêmeos, aguardando o banho do papi-sapo.
Eu, enfurecida, me armei de coragem e com uma sacolinha de mercado enrolada na mão e parti para a captura de tão horrenda família. Tá, eu sei que poderia ter jogado água fervendo, Q-boa ou qualquer outro produto e espantado ou até matado os bichos, mas sou contra a violência e afinal de contas sapos comem escorpiões e insetos (não, eu nunca vi um escorpião por aqui, mas por via das dúvidas...).
Fui pegando de um em um (ecaa), com a intenção de jogá-los no bueiro que passa em frente de casa. O bueiro é em declive então não conseguirão subir de volta e é por onde corre a água da chuva então provavelmente os anfíbios se sentirão em casa.
Quando estou na metade da caça aos cururus aparece minha mãe que vendo a façanha quis como sempre ajudar. Ela pegou uma mangueira de água pra empurrar os sapos. Com a água, não com a borracha da mangueira, rsrsrs. Ao juntar uma grande quantidade de água na valeta, ela empurrou a “enxurrada” com uma vassoura. Até aí tudo bem, se eu não tivesse agachada na boca do bueiro tentando fazer o terceiro bebê-sapinho entrar pelo cano, literalmente. Bom, não preciso dizer mais nada, pois já dá pra imaginar o banho que tomei e ela ainda riu dizendo que “se não tivesse tão gordinha a sapona teria ido junto pro buraco”. Fazer o que? Essa é a única mãe que eu tenho... Mas é a melhor mãe do mundo.

Minha mãe


Num tempo em que as mocinhas faziam pouco mais que aprender bordado, costura e a serem futuras esposas, ela ficou sem a mãe, que morreu de parto. Com nove anos e três irmãos mais novos, assumiu, quase sem querer os afazeres de casa, que compreendiam puxar água de poço pra lavar, desde os tijolos brancos do piso até os ternos de casemira, também brancos, que depois teriam que ser impecávelmente engomados, pois o dono dos tais ternos, seu pai, era um homem muito importante, chofer de taxi, dono de um dos únicos carros da cidadezinha onde moravam, no interior de São Paulo. Um homem muito bonito e elegante que atraía os olhares de todas as mocinhas "casadoiras" da região.
Como não podia deixar de acontecer, uma delas fisgou o viúvo bonitão, e, pra dizer a verdade: a pior delas, viúva com um casal de filhos e de personalidade forte, autoritária, egoísta e pra variar com muita maldade no coração (quem disse que a madrasta da branca de neve é ficção?). A cidade inteira comentava e dava conselhos pra ele não se envolver com a tal viúva, e por outro lado diziam pra ela que com o gênio que ela tinha não seria fácil a convivência e ainda a aconselhavam que se quisesse poderia arrumar outro homem que não tivesse filhos, mas ela foi decidida e o homem parecia enfeitiçado, então o casamento não demorou a acontecer.
Talvez ele tenha imaginado que precisava de alguém para cuidar das crianças, afinal ficar sem a mulher e com 4 filhos pequenos era no mínimo preocupante. Mas ao contrário do que ele planejou a vida se tornou extremamente difícil. Foram anos de sofrimento para as crianças nas mãos da MÁdrasta, que escondia suas maldades do marido perfeito.
Ele, por sua vez, trabalhava o dia todo, às vezes viajava para outras cidades próximas e nunca voltava para casa de mãos vazias, sempre trazia presentes para todos.
Ainda me recordo que ouvi uma conversa num passado recente que a madrasta tinha um baú de cortes de sedas caríssimas que havia escondido das enteadas e que os anos fizeram apodrecer de tal forma que se rasgavam ao serem puxados. O tempo se encarregou de cuidar para que ninguém fizesse proveito dos tecidos que ela, egoisticamente, não queria deixar que outros usassem.
Em outra ocasião essa mulher teve um ataque dos seus periódicos momentos de raiva e pegou a menina caçula, arrastou pelos cabeços dando voltas na casa, quando chegou no fundo do quintal com um machado nas mãos tentou cortar-lhe o pescoço. A menina foi salva pela vizinha que entre gritos passou pela cerca de balaustre (nem sei como) e impediu a tragédia.
Esses acontecimentos eram frequentes e sempre ocultos do pai das crianças, pois as tias tinham receio de contar porque não sabiam qual seria a reação dela, que poderia variar desde um escândalo com palavrões ou até a perseguição dos meninos. As crianças por sua vez, numa época em que tudo era proibido, morriam de medo das ameaças dela e mesmo que contassem para o pai, ele cego de paixão pela fingida mulher (ela era um doce quando ele estava por perto), não acreditaria e poderia castigá-los também. Situação sem saída.
E por muitos anos essa foi a vida da menina, de sua irmãzinha caçula e dos seus dois irmãos.

Ecologia


Você já ouviu aquele papo de que devemos respeitar os mais velhos?
Pois pode-se atribuir à Terra a idade de 4,5 bilhões de anos. Será que não está passando da hora o respeito pela natureza?
Estamos falando isso devido ao que estamos presenciando aqui mesmo na nossa cidade. Todo ano nessa época as queimadas invadem nossas casas com fuligem e fumaça que nem o mais puro dos pulmões pode agüentar.
Isso sem contar com os animais que são os que mais sofrem sem ter onde se refugiarem, fugindo do fogo que se alastra pelas matas e beirando as estradas com o risco até mesmo de algum acidente.
E o efeito estufa você sabe o que é? O aumento dos gazes na atmosfera que impede que o calor se dissipe e eleva a cada ano a temperatura também tem como causa principal as queimadas.
E nossos rios será que precisam ficar cheios de cinza, matando os peixes que ainda tentam sobreviver as custas de tanta depredação?
Pense bem em tudo isso antes de colocar fogo no lixo, nos pastos ou nas matas de nossa cidade.
Temos um dos ecossistemas mais lindo do planeta e queremos que nossos netos também possam conhecê-lo. +Paz e Bem.
Eliane.

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