Carnaval é a época do “pode tudo” com direito a liberdade, uma grande festa pra ser feliz, beber todas, dançar todas e comer todas. As pessoas economizam o ano inteiro pra gastar o que tem e o que não tem em fantasias luxuosas, que muitas vezes sobram nas alegorias de cabeça o que deveria cobrir o resto do corpo. Gastam com bebida, com abadas, com camarotes, e depois com remédios pra ressaca... Isso olhando de uma maneira bem otimista porque podem vir resultados inesperados (?) depois de nove meses, o que não seria de todo trágico comparando com muitas doenças que estão a rondar os menos precavidos e os acidentes de trânsito que batem recorde todos os anos.
Mas isso não vem ao caso, o importante é a folia, e afinal de contas você se divertiu, foi “feliz” por cinco dias.
Uhm hum, se é que ser feliz é se esfregar numa multidão de gente suada e descontrolada. A sensação é a mesma de ir pra 25 de março, num sábado de manhã, só que de fantasia, vão te dar tanto empurrão e soco nas costas... mas tem música, então está tudo bem.
Agora chegou a quarta-feira de cinzas e a rotina do dia-a-dia retorna sem piedade. E com ela vem as contas, a volta ao trabalho enfrentando novamente o chefe mal-humorado e uma insuportável dor de cabeça, resultado da ressaca.
E aí, José?
Os cinco dias de “felicidade” não cessaram os terremotos e inundações, e os bebês continuam sendo jogados nas lixeiras e isso não dá pra ser abafado ao som da escola de samba da sua comunidade.
Convenhamos que se divertir é necessário, mas que seja com um mínimo de bom senso e responsabilidade e sem esquecer que felicidade é estar bem todos os dias do ano.
Eliane.
Há 2 semanas
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