Agora minha mãe inventou que precisa levar açúcar pro quarto na hora de dormir.
Ela diz que é remédio controlado e não pode ficar sem ele.
Tá bom, então, né? Ela não é diabética, pelo contrário, às vezes tem até hipoglicemia, por isso não encontrei nenhum motivo pra contrariá-la. Exceto a cogitação de povoar o quarto de baratas.
Acredito que o Alzheimer está me afetando também, não pelo esquecimento, mas devido a tanto estresse (sintoma normal em cuidadores de doentes), esta noite acabei sonhando com baratas. Era só o que faltava.
O que será que Noé tinha na cabeça quando não matou aquelas duas baratas que entraram na arca?
Mas além de um inseto nojento e asqueroso, o que é uma barata?
Diz a Wikipédia que se trata de um inseto ortóptero, isto é, de asas retas, 20 vezes mais resistentes à radiação do que o homem e que atualmente já somam cerca de 5.000 espécies no mundo. Existentes há mais de 300 milhões de anos, as baratas já somam cerca de 5.000 espécies no mundo. O corpo das baratas tem formato ovular e deprimido, de aproximadamente 10cm.
Aqui a palavra deprimido quer dizer achatado e não um sintoma psicológico que a impulsiona a comer açúcar. O que não me tira a impressão que ela é compulsiva obsessiva - barata come de tudo.
Além de ser um ser um bicho do mal. Quem é o outro ser criado por Deus que vive por semanas sem a cabeça?
Elas também não se encaixam em nenhum outro ramo da escala evolutiva.
Dizem as más línguas que ela foi criada especialmente para testar a masculinidade dos homens, ou que mulheres se beneficiam da sua presença para ganhar um pouco de atenção e de proteção dos seus QMs.
Sei lá o quanto isso tem de verdade, o que sei é que elas tocam o terror, onde quer que apareçam e com certeza eu não quero nem umazinha delas no quarto da minha mãe.
Para que elas nem apareçam por lá, eu já fiz a receita do ácido bórico que se encontra no blog Receitas Caseiras.
Espero com isso ter resolvido o problema, mas se não tiver êxito ainda tenho a melhor opção desde os tempo mais remotos, uma boa chinelada.