Confesso que me acomodei um pouco em casa. Foi acontecendo aos poucos, um dia não saía porque tinha que ficar cuidando da mamãe idosa, outro dia por preguiça de me arrumar, afinal em casa fico de short e camiseta velha e não seria de bom gosto sair à rua assim. Dizem que pessoas do signo de câncer são caseiras mesmo, mas como eu não acredito em signos (sou carismática, lembra?) coloco a culpa na falta de opções da minha pequena cidade.
Quem se anima em fazer uma mega produção pra sair se em meia hora dá para percorrer todo o perímetro urbano da terrinha, comer um churrasquinho ou um lanche no trailer da avenida e ainda curtir o “auto” volume dos carros de som estacionados na pracinha principal (aliás, só tem uma mesmo)? É pra desanimar qualquer cristão. Pensando bem, o melhor programa noturno é a missa dominical seguida de uma roda de tereré (o pior é que eu não tomo tereré) com os amigos.
Por outro lado, (sempre tem o outro lado) para pessoas que gostam de se aventurar por lugares de natureza quase intocável, vir pra minha cidade é uma opção muito agradável, onde se pode realizar o turismo ecológico em meio a jacarés e tuiuiús e pescar o peixe que será preparado para o jantar (desde que tenha tirado com antecedência a licença para pesca e o peixe esteja na medida permitida). Muito interessante passar, uma vez por ano, as férias no pantanal, mas pra quem mora aqui vira rotina e perde a graça.
Então foi olhando por esse ponto de vista