O primeiro marido da madrasta da minha mãe não saía de casa
sem ler o almanaque¹ para seguir as previsões do horóscopo. Um belo dia, depois
de “checar” seu signo e acreditar nas ótimas previsões para o dia, ele saiu
para trabalhar como motorista de jardineira². Aconteceu que no meio do trajeto ele
sofreu um acidente e morreu.
Tá vendo, meu filho, como não se pode confiar em horóscopo?
Não sabe porque?
Vou tentar explicar:
a) são 12 signos para 6 bilhões de pessoas. Acha que uma previsão se cumprirá para tantos ao mesmo tempo? E se a previsão diz "sorte no amor", então todos daquele signo não serão traídos e nem se divorciarão naquele dia?
b) as previsões tiram a responsabilidade do homem (parece ser esse o caso da história que contei);
c) negam o nosso livre arbítrio e a intervenção amorosa de Deus na nossa vida;
d) incita o homem a confiar em objetos mortos (planetas e estrelas)
e) é uma espécie de adivinhação, ocultismo, o que atrai o mal à vida daquele que a pratica.
E tem gente que não sai de casa antes de ouvir o Azambuja, na rádio, dando as
previsões para saber qual a cor da roupa que deve usar.
“Bendito o homem cuja confiança é o SENHOR”
¹ Almanaque: Gênero
de publicação anual que reunia calendário com datas de eclipses e fases lunares
e também previsões astrológicas, reportagens de conteúdo variado, como
recreação, humor, ciência e literatura.
² Jardineira: Veículo coletivo antigo, muito utilizado em
zonas rurais para trajetos de média a longa distância, hoje em dia quase
extinto para transporte de passageiros, alguns tornaram-se peças de museu.